Jogos Dramáticos

Todas as atividades praticadas pelo homem, principalmente pelas crianças, revivem o jogo. O jogo é uma forma natural de grupo, uma atividade espontânea, sadia, criativa e dinâmica que não foi inventada por ninguém e que traduz o comportamento real dos seres humanos. O jogo propicia aos seus participantes o envolvimento e a liberdade necessários para a experiência pessoal, desenvolvendo habilidades e talentos.

O jogo é uma poderosa ferramenta para motivar e envolver grupos, resolver conflitos, facilitar a comunicação, favorecer o estabelecimento de combinados e organizar a ação. Vem ocupando, cada vez mais, um lugar de relevo nos programas de educação, terapia e treinamento.

O jogo dramático é uma maneira de levar os participantes a pensar, comprovar, relaxar, trabalhar, lembrar, ousar, experimentar, criar e absorver. É na absorção que se dá o aprendizado e, quanto mais importante for o aprendido, maior a mudança.

Trata-se de uma atividade voluntária. O participante pode ou não entrar no jogo, dependendo da sua vontade e, uma vez no jogo, estará livre para criar seguindo regras estabelecidas.

No jogo dramático a espontaneidade funciona como um catalisador da ação criativa. Os ingredientes são: o lúdico, o prazer e a alegria.

O jogo dramático tem ainda um tempo e um espaço delimitados. Sua mais importante característica é buscar a resolução de conflitos. Para tanto, deve conter uma proposta que atenda a necessidade do grupo (para que estamos aqui), ser sensível (como estamos hoje, aqui e agora) e estar atento ao conflito a ser resolvido (o que está por trás das aparências).

O jogo educa, previne e acalma as pessoas que enfrentam situações de ansiedade. No jogo acontece a descoberta de novas formas de se tratar e enfrentar situações iguais ou diferentes, há um quebra da resistência, diminuindo os bloqueios e a ansiedade e criando um campo relaxado e possibilita o estabelecimento de vínculos e de novas formas de relacionamento.